Geralmente, quando alguém ouve falar em Fonoaudiologia, logo pensa em troca de letras na fala, gagueira, entre outros. Enganam-se aqueles que resumem esta ciência relativamente nova em problemas apenas da fala.
A Fonoaudiologia é bem mais complexa e atua também nas áreas de aprendizagem, deficiência auditiva, voz, comprometimentos psíquicos e neurológicos, linguagem, pesquisas audiológicas, motricidade oral, estimulação precoce em recém-nascidos de alto risco, estética facial, pacientes queimados, pacientes submetidos à cirurgia de cabeça e pescoço, pacientes submetidos à cirurgia ortognática e muitas outras áreas da saúde.
Hoje, é possível fazer intervenções precoces para que muitos problemas sejam evitados no futuro. Dentro da Cirurgia Ortognática, a Fonoaudiologia exerce um importante papel no diagnóstico e tratamento dos distúrbios e alterações de postura de língua e lábios, o que é uma constante nos pacientes portadores de deformidades dentofaciais.
O trabalho fonoaudiológico na cirurgia ortognática proporcionará adequação da musculatura perioral, postura global, propriocepção, sensibilidade, mastigação, deglutição, respiração e da articulação da fala. O ideal é que o fonoaudiólogo possa participar de todo o processo desde seu início, ou seja, desde o momento do diagnóstico. Neste caso, o diagnóstico diz respeito à possibilidade de detectar alterações miofuncionais orais que possam comprometer o resultado obtido pela ortodontia e pela cirurgia.
O trabalho fonoaudiológico tem início na fase pré-operatória e continua no período pós-operatório. A proposta de trabalho é basicamente de equilíbrio muscular, aprendizado e uso das funções estomatognáticas adequadas à nova forma existente.
Quando o Fonoaudiólogo participa da equipe multidisciplinar na fase pré-operatória, fazendo o diagnóstico e colaborando no planejamento cirúrgico, o prognóstico será melhor. Sendo assim, algumas vezes o tratamento fonoaudiológico pode não ser necessário no pós-operatório.
Conclui-se que a atuação fonoaudiológica previne os diversos tipos de recidivas ósseas e dentárias, evitando a persistência de padrões alterados e funções inadequadas; proporcionando um equilíbrio muscular estático e dinâmico pós-operatório.
A fonoaudiologia, indubitavelmente, contribui de forma efetiva e definitiva para o pleno êxito do tratamento ortodôntico-cirúrgico.
A articulação temporomandibular (ATM) é a articulação responsável pelos movimentos mandibulares, associada à ação dos músculos mastigatórios. Estes movimentos possibilitam a realização das funções estomatognáticas – sucção, mastigação, deglutição, fala e fonação. Portanto, quando há alteração muscular e das funções estomatognáticas cabe ao Fonoaudiólogo atuar como membro da equipe que cuida do paciente que apresenta a disfunção temporomandibular (DTM).
O objetivo do trabalho fonoaudiológico é adequar à tonicidade e mobilidade muscular, adaptando as funções estomatognáticas para que não haja a dor muscular tanto em repouso como no movimento e para que este ocorra de forma coordenada e precisa.
A base da terapia fonoaudiológica com pacientes que apresentam disfunções temporomandibulares (DTM) é a mioterapia, porém não se pode esquecer que o fonoaudiólogo atua com pessoas que apresentam distúrbio de comunicação. A pessoa que possui disfunção temporomandibular (DTM) tem associada à dor na musculatura facial, movimentos reduzidos para a fala. Sua comunicação torna-se também restrita ou sempre acompanhada do desconforto da dor. Isto se reflete em todo o corpo (postura corporal tensa) e como não poderia deixar de ser, o aspecto psicoemocional também está envolvido como fator desencadeante e/ou mantenedor da dor.
A dor por si só, já expressa que algo está em desequilíbrio no funcionamento do organismo. “A dor do corpo faz chegar à consciência que algo vai mal, mas não é o suficiente, é preciso decifrá-la… O corpo que dói se expressa através da dor” (Felício, 1994)
Partindo-se desta visão, o objetivo do trabalho fonoaudiológico não é apenas o de eliminar os sintomas e alterações musculares, mas também o de compreender, junto ao paciente, o significado desta dor e poder além de tudo proporcionar-lhe bem estar.
Maria Claudia Nanni dos Santos Salles
Fonoaudióloga CRFa 9269 / 2ª Região – SP
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